Para obter as previsões mais recentes sobre os impactos econômicos causados pela pandemia do coronavírus, consulte a plataforma de rastreamento de Respostas Políticas para COVID-19 do FMI para as principais respostas econômicas dos governos.
O Brasil é a décima terceira maior economia do mundo. O país ainda está trabalhando para se reconstruir depois da recessão que passou há 8 anos, quando a economia contraiu mais de 7%. Desde então,o Brasil não conseguiu crescer no mesmo ritmo em que estava durante a década anterior à recessão. No entanto, a economia brasileira está passando por uma lenta, porém estável, recuperação nos últimos anos. Em 2022, o PIB cresceu cerca de 2,8%, movido pricipalmente pelo consumo interno, investimento privado e pelas exportações. Espera-se que a maior economia da América do Sul cresça em um ritmo lento nos próximos anos, como o FMI prevendo m crescimento do PIB de 1% em 2023 e 1,9% em 2024.
Em 2022, a inflação alcançou uma taxa de 9,4%, superando a meta do Banco Central de 3,5% e sua tolerância de 5% - e os salários não acompanharam. Contudo, espera-se que a inflação caia para 4,7% em 2023 e 3,9% em 2024. A alta taxa de inflação e as condições mais restritivas ao crédito enfraqueceram o consumo interno em 2022. O governo brasileiro afirma que o pior para economia já passou. Em 2022, a dívida pública caiu para 88,2% e se espera que permaneça estável nos próximos dois anos em 88,9% em 2023 e 90,6% em 2024. O balanço orçamental registrou um déficit de 6,5% em 2022, que se espera ter um pequeno aumento em 2023 para 7,5% e, em seguida, ter uma caindo para 6,8% em 2024. Apesar da pandemia ter tido um impacto bastante significativo na economia do Brasil, o país tem se recuperado, seguindo as implementações de medidas do governo para neutralizar a crise econômica. De uma maneira geral, os pacotes de combate às ondas de contágio provocadas pela pandemia têm sido eficazes para impulsionar a atividade econômica, que vem se recuperando gradativamente.
A taxa de desemprego no Brasil cresceu em 2022, alcançando a taxa esperada de 9,8%, enquanto o país se recupera dos impactos provocados pela pandemia. No entanto, o governo acredita que os números reais são significativamente mais altos, pois uma pesquisa oficial de desemprego mostra que 32 milhões de pessoas estão subutilizadas - o que significa que elas não estão trabalhando ou estão trabalhando menos do que poderiam. Além disso, mesmo aqueles que estão empregados, geralmente têm empregos informais. O governo estima que 39,3 milhões de pessoas ou 41,6% da força de trabalho tenha emprego informal. O FMI espera que a taxa de desemprego deva cair um pouco para 9,5% em 2023 e permaneça estável em 2024, especialmente enquanto o setor de serviços se recupera das consequências da pandemia, o consumo privado aumente e a inflação caia. Além disso, o país continua enfrentando problemas sociais e possui um dos mais altos níveis de desigualdade do mundo, com altas disparidades entre as regiões. Embora o Brasil tenha tirado 28 milhões de pessoas da pobreza nos últimos 15 anos, 10% da população ainda vive na miséria, enquanto os 5% entre mais ricos do país têm a mesma renda que os 95% restantes.
Indicadores de crescimento | 2020 | 2021 | 2022 (E) | 2023 (E) | 2024 (E) |
PIB (bilhões de USD) | 1.476,09 | 1.648,70 | 1.924,13 | 2.081,24 | 2.210,62 |
PIB (crescimento anual em %, preço constante) | -3,3 | 5,0 | 2,9 | 0,9 | 1,5 |
PIB per capita (USD) | 6.971 | 7.755 | 8.995 | 9.673 | 10.218 |
Saldo do Balanço de Pagamentos (em % do PIB) | -11,8 | -4,5 | -7,6 | -9,0 | -8,3 |
Dívida Pública (em % do PIB) | 96,8 | 90,7 | 85,9 | 88,4 | 91,5 |
Índice de inflação (%) | 3,2 | 8,3 | 9,3 | 5,0 | 4,8 |
Taxa de desemprego (% da população economicamente ativa) | 14,2 | 11,1 | 7,9 | 8,2 | 8,1 |
Balanço das transações correntes (bilhões de USD) | -28,21 | -46,36 | -55,96 | -56,81 | -59,21 |
Balanço das transações correntes (em % do PIB) | -1,9 | -2,8 | -2,9 | -2,7 | -2,7 |
Fonte: IMF – World Economic Outlook Database, October 2021
O Brasil dispõe de recursos naturais abundantes e sua economia é relativamente diversificada.
O Brasil é o maior produtor mundial de café, de cana-de-açúcar e de laranjas, além de ser um dos principais produtores de soja. Com florestas cobrindo metade de seu território e com a maior floresta tropical do mundo, o Brasil é o quarto maior exportador de madeira. Além disso, possui o maior rebanho de gado comercial do mundo. O país atrai numerosos grupos multinacionais nas indústrias de alimentos e de biocombustíveis. No entanto, mesmo que a agricultura represente 40,1% das exportações, contribui muito pouco para o PIB (6,9%) e emprega 9,1% da população. Porém, o setor agrícola, em 2022, foi impactado por uma seca que afetou as colheitas dos principais cultivos, como milho e, especialmente, a sojar e o açúcar.
O Brasil também possui um grande poder industrial e se beneficia bastante de sua riqueza mineral. O país é o segundo maior exportador de ferro e um dos principais produtores de alumínio e de carvão. Como produtor de petróleo, o Brasil tem por objetivo se tornar autossuficiente em energia num futuro próximo (suas reservas poderiam colocá-lo entre os cinco principais produtores de petróleo do mundo). Além disso, tem se firmado cada vez mais nos setores têxtil, aeronáutico, farmacêutico, automobilístico, siderúrgico e da indústria química. Muitos dos grandes fabricantes de automóveis estabeleceram unidades de produção no país. O setor industrial contribui com 18,9% do PIB e emprega 20% da população. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o setor industrial teme se recuperado dos impactos provocados pela pandemia, mas a produção continua bem abaixo dos nívels pré-COVID. Enquanto algumas indústrias, como as de bens de capital e bens duráveis, cresceram em 2022, o setor industrial como um todo ainda foi impactado por políticas monetárias mais apertadas e altas taxas de juros.
O setor terciário representa 59,4% do PIB e emprega 70,9% da população ativa. O país embarcou, nos últimos anos, na produção de serviços de alto valor agregado, principalmente nas áreas da aeronáutica e das telecomunicações. O turismo também tem estado em crescimento nos últimos anos, tornando-se um importante segmento do setor. Contudo, mesmo que o setor de serviços tenha sido duramente afetado pela pandemia, demonstrou uma recuperação significativa em 2022 com um crescimento equivalente aos níveis pré-pandemia. A recuperação do setor foi impulsionada principalmente por serviços às famílias, informação e comunicação e transporte, bem como um leve salto da indústria do turismo.
Divisão da atividade econômica por setor | Agricultura | Indústria | Serviços |
Emprego por setor (em % do emprego total) | 9,1 | 20,0 | 70,9 |
Valor agregado (em % do PIB) | 6,9 | 18,9 | 59,4 |
Valor agregado (crescimento anual em %) | -0,2 | 4,5 | 4,7 |
Fonte: World Bank, Últimos dados disponíveis. Devido ao arredondamento, a soma das percentagens pode ser superior / inferior a 100%.
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O indicador de liberdade económica mede dez componentes da liberdade económica, divididos em quatro grandes categorias: a regra de direiro (direitos de propriedade, nível de corrupção); O papel do Estado (a liberdade fiscal, as despesas do governo); A eficácia das regulamentações (a liberdade de inciativa, a liberdade do trabalho, a liberdade monetária); A abertura dos mercados (a liberdade comercial, a liberdade de investimento e a liberdade financeira). Cada um destes dez componentes é medido numa escala de 0 a 100. A nota global do país é uma média das notas dos 10 componentes.}}
O ranking de ambiente de negócios mede a qualidade ou a atratividade do ambiente de negócios nos 82 países abrangidos pelas previsões do The Economist. Este indicador é definido pela análise de 10 critérios: o ambiente político, o ambiente macroeconômico, as oportunidades de negócios, as políticas no que diz respeito a livre iniciativa e concorrência, as políticas no que diz respeito ao investimento estrangeiro, o comércio exterior e o controle do câmbio, a carga tributária, o financiamento de projetos, o mercado de trabalho e a qualidade das infraestruturas.
Fonte: The Economist Intelligence Unit - Business Environment Rankings 2021-2025
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Últimas atualizações em Maio 2023